Dia 04 de Abril foi marcado como Dia Mundial dos Animais de Rua, tendo como Embaixador da causa, Cesar Millan.

Segue a tradução feita pela equipe Ethos, de um texto de autoria do próprio Millan, que compartilhamos com os curtidores brasileiros da Ethos Psicologia Animal no Facebook:

Saving-the-Satos-Stray-Dogs“Me sinto honrado em ter sido nomeado Embaixador para o Dia Mundial dos Animais de Rua, e gostaria de tomar um momento para explicar porque este dia significa tanto para mim.

As pessoas vêem os animais de rua revirando o lixo na rua, à procura de comida, e elas simplesmente prefeririam não os ver. Afinal, eles não tornam a vizinhança mais bonita – eles apenas se parecem sujos e espalham doenças. Estas pessoas não se importam nem um pouco com o destino destes animais, contanto que eles desapareçam..

Mas você vê, que de muitas formas, eu mesmo era como um “animal de rua”. Eu vim para a America. Tinha praticamente nada. Não sabia quando iria comer. Não sabia onde eu iria dormir. Eu não sabia o que iria acontecer comigo. Eu sabia apenas que era bom interiormente, mas eu estava aqui, em um lugar estranho longe de casa e da família que me amava, e eu não falava Inglês e não poderia falar com as pessoas ao redor de mim. É uma coisa assustadora dormir nas ruas sem saber o que o futuro trará.

Eu tive muita sorte, porque fui capaz de melhorar minha situação me instruindo sozinho, aprendendo a língua, e desenvolvendo meus talentos. Fui ainda mais sortudo, pois por conta de pessoas como Jada Pinkett Smith que tiveram fé em mim e se desdobraram para me ajudar a me erguer e me tornar quem eu sou. As coisas estavam ruins, mas com a ajuda de boas pessoas, elas se tornaram melhores para mim.

Mas aqui está a grande diferença entre eu e os “animais de rua”. Eu escolhi vir para a América, eu sabia que seria um início difícil e entrei nessa com meus olhos abertos. Os 600 milhões de animais de rua que vivem nas ruas ao redor do mundo não fizeram esta escolha. Eles foram descartados por seus proprietários, nasceram nas ruas, or simplesmente se perderam. Eles não criaram esta situação mas são obrigados a viver com ela, ou, mais frequentemente, morrer com ela.

Todos que conhecem minha filosofia sabem que eu apoio os abrigos de animais que não eutanasiam, pois não posso conceber a ideia de sacrificar um cão apenas porque ele é indesejado. Mas, uma forma ainda mais cruel de eutanásia é aquela que estes animais encontram nas ruas. Morrendo de inanição. Morrendo de ferimentos ou doenças não tratados. Morrendo dolorosamente através das mãos de humanos cruéis.

Acho que a maioria das pessoas olham para os animais de rua e os vêem como um problema. Mas eles – os animais – são seres vivos com sentimentos que levam uma vida incrivelmente brutal e dolorosa. E isto ocorre principalmente por conta das coisas que os humanos têm feito.

Quando eu resgatei Argos na Espanha, ele tinha sido abusado por caçadores que quebraram sua perna e usaram fita elétrica para costurar sua boca fechada. Ele estava apavorado e sozinho. Agora ele está feliz e é um dos mais valorosos membros de minha matilha. Ele é um companheiro maravilhoso e você tem apenas que olhar para ele para ver a gratidão em seus olhos. Eu sei que tenho um amigo para toda a vida em Argos.

Dia 04 de Abril é o Dia Mundial dos Animais de Rua. Existem mais de 600 milhões de animais sem lar que sofrem vidas de miséria – passando fome, frio, doentes e abusados. Por conta disso é que sou grato por estar envolvido com este dia e é por isso que fiz este video

Fonte


tradução por Helena Truksa